O que é Síndrome Respiratória Aguda Grave?

Com a evolução das pesquisas sobre o perfil do novo coronavírus e como ele age em nosso corpo, é sabido que uma das condições graves causada por este vírus é a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), e os indivíduos que fazem parte dos grupos de risco possuem maior chance de desenvolver a forma grave da doença.

A Síndrome Respiratória Aguda Grave é responsável por causar óbitos e internações hospitalares, pois para o sistema imune combater o vírus, são produzidas substâncias chamadas de citocinas inflamatórias, podendo ocorrer o descontrole na produção dessa substância, gerando o que é chamado de tempestade inflamatória ou tempestade de citocinas. Essa inflamação fica muito intensa para combater o vírus, prejudicando o indivíduo ao invés de ajudá-lo.

A resposta inadequada do sistema imune à presença do vírus gera os resultados:

  • Alteração e lesão dos vasos sanguíneos, deixando o sangue mais predisposto a formação de trombose. Isso pode causar uma falha no funcionamento de vários órgãos, como o pulmão;
  • Para oxigenar o sangue, o ar precisa entrar profundamente no pulmão, em uma região chamada de alvéolos. Na SRAG, a inflamação excessiva causa um acúmulo de líquidos que impede uma boa oxigenação;
  • Pode ocorrer um inchaço do pulmão, o que impede que ele se expanda adequadamente na hora de respirar.

Esses conjuntos de fatores podem fazer com que o pulmão não funcione adequadamente e o sangue não leve oxigênio para os órgãos, fazendo com que o paciente precise utilizar aparelhos para respirar. Caso o tratamento não funcione, pode ocorrer o óbito do paciente.

Até este momento não se sabe o que determina exatamente a ocorrência dessa hiperinflamação, mas estudos apontam que os indivíduos pertencentes aos grupos de risco estão mais predispostos a sua ocorrência.

Embora não haja um tratamento específico para combater a covid-19, os pacientes que apresentem a SRAG possuem indicação de:

  • Oxigenioterapia com O2 cateter nasal, em caso de falta de ar ou saturação de oxigênio inferior a 95%, com possível intubação orotraqueal, caso haja necessidade;
  • Fluidoterapia em casos de choque;
  • Tratamento sintomático para febre e dor;
  • Uso de corticoides.

Realizar o distanciamento social, utilizar máscaras e higienizar corretamente as mãos, superfícies e alimentos, é a melhor prevenção na forma de combate ao novo coronavírus, evitando a superlotação em hospitais e garantindo que quem necessita de cuidados especializados os encontre disponíveis.